Christopher Eccleston diz que a saída de Doctor Who “quase destruiu” sua carreira

O ator de 54 anos também revela quis filmes hollywoodianos odiou fazer.

Christopher Eccleston diz que sua saída de Doctor Who quase destruiu sua carreira. Eccleston se tornou o nono Doutor quando o show voltou a TV em 2005, mas abandonou o papel depois de apenas uma temporada.

Ele relevou que, como resultado, entrou numa lista negra e foi para os Estados Unidos procurar emprego e escapar do “regime da BBC”.

“O que aconteceu em Doctor Who quase destruiu minha carreira”disse o ator de 54 anos para o The Guardian. “Eu os dei o melhor de mim e saí com dignidade e eles me colocaram numa lista negra. Estava trabalhando nas minhas próprias inseguranças como (o tipo de show) foi algo que nunca tinha feito antes e, daí, fui abandonado, me colocaram numa lista negra e os tabloids me pintaram como um vilão.”

Eu os dei o melhor de mim e saí com dignidade e eles me colocaram numa lista negra. – Christopher Eccleston

“Na época, meu agente me disse ‘O regime da BBC está contra você. Você terá que sair do país e esperar que o regime mude’. Então, eu fui para os Estados Unidos e continuei trabalhando, porque foi isso que os meus pais me ensinaram.”

“Meu pai sempre me dizia ‘Não me importo com o que você faça – limpando o chão ou o quer que seja que você estiver fazendo – apenas faça o seu melhor.’ Eu sei que é coisa de velho, mas se aplica à vida.”

Nos Estados Unidos, ele encontrou emprego em super produções como Thor: O Mundo Sombrio e GI Joe: A Origem de Cobra.

“Trabalhar numa coisa como GI Joe foi horrível,” disse Eccleston. “Eu tinha vontade de cortar minha garganta todos os dias. E Thor? Uma arma na minha boca.”

60 Segundos  foi uma boa experiência. Nic Cage é educadíssimo e um ótimo ator. Mas GI Joe e Thor foram… realmente fui pago como uma garota de programa naquela época.”

Christopher Eccleston ainda afirma que “perdeu a fé e confiança” nos chefes de Doctor Who enquanto filmava

O nono Doutor afirma que o relacionamento com o showrunner Russell T Davies “se despedaçou irremediavelmente” durante as filmagens da série.

“Meu relacionamento com meus três superiores diretos – showrunner, produtor e coprodutor – foi destruído completamente durante a primeira parte das filmagens e nunca se recuperou,” disse Eccleston à mais recente edição da Radio Times.

“Eles perderam a confiança em mim e eu perdia a fé e confiança neles,” ele continua.

Descrevendo a situação como “muito” estressante, Eccleston afirma que se sentiu desajustado atuando num papel leve e acredita que isso possa ter contribuído para as dificuldades no set de filmagens.

“Parte da minha raiva sobre a situação veio das minhas próprias inseguranças,” ele disse. “Eles escalaram alguém (como Doutor) que não era naturalmente um comediante.”

Ele continua, “Billie (Pipper), quem sabemos ser brilhante, estava (na época) muito, MUITO nervosa e era inexperiente. Então você tinha o fator Billie e, daí, você também tinha eu mesmo. Com uma ampla bagagem – possivelmente o mais experiente (na série), mas fora da minha zona de conforto.”

Na entrevista, Eccleston continua e revela a razão para para falar sobre o assunto apenas nos últimos meses e deixou implícito que foi feito um acordo para que ele não prejudicasse a reputação da série.

“Quando eu saí, eu dei minha palavra para o então showrunner Russell T Davies que eu não faria nada que prejudicasse a série,” disse. “Mas eles fizeram coisas coisas para me prejudicar. Eu não critiquei ninguém.”

Perguntado se Davies estava ciente dos problemas que estavam acontecendo, Eccleston disse que “se você é o showrunner, você sabe de tudo. Esse é o seu trabalho,” adicionando que ele “nunca terá”outra relação de trabalho com o escritor novamente.

De volta ao Reino Unido, Eccleston recentemente estrelou nos dramas para a TV Safe House, The A World e a comédia The Life Rock, com Brian Pern. Seu próximo passo será interpretar Machbeth, na RSC.

Eccleston concedeu entrevista à Radio Times sobre o lançamento da sua nova série, o drama Come Home, da BBC.

Fontes: Radio Times, Radio Times

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