REVIEW CLÁSSICA: Arco 013 – The Web Planet

 

 

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Saindo de uma aventura com temática histórica (The Romans), o Doctor e seus amigos partem diretamente para um arco da mais pura ficção científica, com novos aliens, cenários, tecnologias e tudo mais. The Web Planet é daquelas histórias cheias de informações novas e detalhes que merecem um segundo olhar. O arco foi ao ar entre 13 de fevereiro e 20 de março de 1965, com seis episódios, e o primeiro deles teve a maior audiência da série nos anos 1960, com 13,5 milhões de espectadores.

Mais uma vez, a história começa com uma parada inesperada da TARDIS. Mas, desta vez, a nave foi forçada a parar por um fator externo, como se algo a tivesse atraído e prendido àquele lugar desconhecido. Então o jeito é o Doctor e Ian saírem para descobrir o que está causando o problema. Lá fora, eles descobrem que estão no planeta Vortis, onde o Doctor nunca havia estado, mas que tinha algum conhecimento sobre. E é então que algumas coisas estranhas começam a acontecer, como o sumiço repentino de uma caneta da mão de Ian e a descoberta de uma fonte que parece ser de água, mas é de ácido . Na TARDIS, Bárbara começa a perder o controle sobre um dos braços (no qual está um bracelete) e acaba ficando inconsciente e sendo atraída para fora por uma força invisível.  Quando Vicki vê que ficou sozinha, percebe também que a nave está sendo arrastada para algum lugar.

A jornada de Bárbara a leva a encontrar a primeira espécie que conhecemos devidamente neste episódio. São os Menoptra, habitantes nativos de Vortis que têm o visual parecido com grandes borboletas. Já Ian e o Senhor do Tempo tentam chegar à nave seguindo os rastros causados pelo deslocamento dela no chão, mas são interceptados por um grupo de “formigas gigantescas” que, na verdade, são Zarbis, outra espécie local. Levados pelo grupo como prisioneiros, chegam onde estão Vicki e a TARDIS. Assim, descobrimos a história do planeta, que era o lar dos Menoptra, até que um ser desconhecido, chamado de Animus, começou a tomar conta de todo o lugar, espalhando-se pelo solo e dominando os Zarbi para serem seus soldados, enquanto escravizava os Menoptra para conseguir crescer ainda mais. Descobrimos também que o grupo que está com Bárbara veio de um planeta onde parte da espécie se refugiou para uma missão de retomar sua terra natal. Mais adiante, seremos apresentados ainda à outra espécie nativa de Vortis, os Optra, seres derivados dos Menoptra, que se adaptaram à vida subterrânea e perderam as asas.

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O que veremos depois é o desenrolar dessa luta pela retomada do planeta e o papel do Doctor e seus companheiros na resolução da questão. Boa parte do enredo é contado através das experiências separadas dos personagens principais, que acabam se dividindo em três partes: Doctor e Vicki com os Zarbi e o Animus; Ian e um dos Menoptra com os Optra, e Bárbara com um grupo de Menoptras. A estratégia de narração não é ruim, mas a lentidão com que os fatos acontecem em alguns momentos (especialmente entre o terceiro e o quarto episódio) deixa o arco um pouco cansativo. O bom é que, no final, as histórias começam a se cruzar e a trama flui, deixando tudo bem mais interessante.

No entanto, o destaque desse arco não é exatamente o roteiro, mas a produção. A equipe ainda estava em busca de algo que fizesse tanto sucesso quanto os daleks e parece que jogou todas as fichas juntas nessa  tentativa. Não só foram criados vários tipos de criatura, mas também um cenário mais elaborado e vários dispositivos diferentes. Entre esses, vale ressaltar as Jaquetas de Densidade Atmosférica (JDA), equipadas para ajudar a respirar em atmosferas rarefeitas. Também vemos o Doctor usar seu anel de maneiras bem semelhantes ao que ele fará muitas temporadas depois com as chaves de fenda sônicas.

A verdade é que, no que se refere ao enredo, The Web Planet não é extraordinário, mas se torna muito interessante pelos muitos detalhes envolvendo a produção  e as curiosidades que permeiam a história (incluindo o aparecimento do primeiro Grande Antigo, que é um assunto muito comprido pra tratarmos aqui, mas vale uma pesquisa no Google para os mais curiosos). Então se você quiser conhecer melhor o arco e tirar suas próprias conclusões, vai encontrá-lo neste link.

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