Estamos praticamente na reta final da décima primeira temporada e no episódio desta semana, a Doutora, munida de sua gangue, enfrenta um dos seus piores e mais cruéis inimigos: o capitalismo moderno!
A partir do próximo parágrafo, teremos spoilers da trama. Então, não recomendados a leitura antes de ter assistido ao episódio.
O episódio começa com mais um dia, ou noite, normal na TARDIS quando a Doutora calha de estar no momento certo do tempo-espaço para receber uma encomenda da Kerblam – que é a versão intergalática dos Correios. A única dúvida que a equipe do Universo Who teve durante o episódio foi: será que os robôs de entrega da Kerblam também se perdem e ficam parados por dia em Curitiba?
Junto com o já conhecido fez, a Doutora recebe um pedido de socorro – e é aí que a aventura começa de fato.
A trama do episódio é desenvolvida ao redor da empresa Kerblam e seus funcionários, que, apesar de trabalharem em um regime duro, se mostram conformados, e às vezes até mesmo felizes, por terem onde trabalhar. No futuro mostrado neste episódio, a presenciamos a popularização de robôs que exercem a mesmas funções de humanos e na Kerblam existe uma porcentagem (10%) para que exista um número mínimo de “orgânicos” trabalhando.
Como estudante de T.I. e trabalhador da área, eu me identifiquei muito com o tema do episódio. Eu adoro quando uma série de ficção pega um tema atual e amplifica para mostrar como seria um provável cenário. Até porque, é meio que ir nadar contra a corrente não aceitar que a tecnologia está a cada dia mais presente no nosso dia a dia.
Mas, voltando ao episódio, a busca por quem mandou o pedido de ajuda fica mais urgente quando o time descobre que funcionários começaram a sumir e que os sumiços estão ficando mais frequentes a cada dia que passa. O procedimento padrão nesses casos é culpar os robôs – até porque, quem não desconfiaria de robôs humanoides sorridentes com olhos brilhantes que apresentam comportamentos duvidosos e que, acima de tudo, não deixa colegas de trabalho baterem papo durante o expediente?
O grande plot twist veio quando descobrimos que a pessoa por trás de tudo de estranho que estava acontecendo era alguém que ninguém suspeitava: o faxineiro, que tinha acesso a toda a fábrica e passava despercebido por quase todos. Seu plano? Fazer com que as pessoas não confiem na tecnologia e que os humanos voltem a ter mais espaço no mercado de trabalho. Assim, entendemos que a ideia não é de toda ruim, mas os meios não justificam os fins. Ainda mais quando os fins envolvem explodir milhares de pessoas inocentes.
Outra coisa que tem sido muito presente nesta temporada, e que eu tenho gostado bastante, é que todos os membros do Team TARDIS atual possuem um papel ativo na trama e ninguém fica dependendo da Doutora para mandá-los fazer alguma coisa. Claro, a Doutora ainda é a líder do grupo e em nenhum momento isso é ignorado, mas todos se empenham para desvendar os mistérios sem ter a necessidade de aguardar ordens diretas.
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