Smith, que interpretou o Décimo Primeiro Doutor, diz que Doctor Who é “o melhor emprego do mundo”, mas explica porque o papel é extremamente desafiador.
Matt Smith conta que os roteiristas de Doctor Who escreveram a primeira regeneração da série como uma solução para substituir o primeiro Doutor, William Hartnell, quando seus problemas de saúde foram se agravando e ele estava frequentemente em conflito com os produtores. A primeira regeneração do Doutor aconteceu em 1966, no episódio “The Tenth Planet”, sendo o início da jornada do Segundo Doutor (Patrick Troughton).
Com Doctor Who se aproximando de seu 60º aniversário, o Doutor já teve muitos rostos ao longo dos anos. A atual forma é a Décima Terceira Doutora, interpretada por Jodie Whittaker. Há mais de 13 encarnações do Doutor no Universo de Doctor Who, e claro – a recente revelação da Timeless Child na décima segunda temporada adicionou muito mais ao cânone oficial. Contudo, a série teve 13 atores protagonistas durante essas quase seis décadas.
Desde o retorno da série em 2005, sob o comando de Russell T Davies, cinco atores interpretaram o papel principal. A maioria permanecendo em média três anos na série. Com a aproximação da terceira temporada de Whittaker, os fãs já começaram a especular quem poderia substituí-la. Agora, Smith (que saiu da série em 2013 após três temporadas) explicou o motivo da maioria dos atores permanecerem por três ou quatro anos na série. Em uma entrevista para a revista Port (via Cinema Blend), ele definiu o trabalho de interpretar o Doutor como algo “desafiador e desgastante”, ainda que seja “o melhor emprego do mundo”. Segue a íntegra do que ele disse:
“É claro que sinto falta de Doctor Who – é o melhor emprego do mundo, ainda que seja o mais desafiador e desgastante… É por isso que as pessoas levam três ou quatro anos para jogar a toalha.”
Muitos atores de Doctor Who também percebem que trabalhar na série pode ser extremamente cansativo. Como é o caso de Billie Piper – que interpretou Rose Tyler, uma das companions favoritas dos fãs. O grande compromisso e a fama da qual não consegue fugir, fizeram com que ela não considerasse mais voltar a trabalhar na série de ficção. Doctor Who é uma das maiores séries de ficção científica da cultura popular, possui alcance internacional e um enorme fã-clube. Além disso, possui uma cansativa escala de filmagens. Todos esses fatores somados fazem com que protagonizar a série seja uma responsabilidade gigantesca.
Ainda assim, a regeneração do Doutor raramente é algo ruim para a série. Na verdade, a regeneração contribui para que Doctor Who se mantenha moderna, intrigante e emocionante – permitindo que a série exista até hoje. Toda vez que um novo Doutor é apresentado, uma porta se abre para atrair novos fãs. E é também uma oportunidade para os roteiristas contribuírem com ideias únicas e originais para a série. Ainda que os protagonistas de Doctor Who fiquem na série por apenas alguns anos, o legado que suas encarnações deixam será lembrado eternamente.
Traduzido de: screenrant.com
Ambientalista por formação, tradutora nas horas vagas, whovian carioca e viciada em livros, filmes e séries. Fã de ficção científica, especialmente quando envolve viagem no tempo.