VOCÊ PRECISA CONHECER: Verity Lambert

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ATUALIZADO: 08/03/2017

Se você é fã de Doctor Who e não sabe quem foi Verity Lambert, você está errado.

Verity Lambert foi a primeira produtora de Doctor Who. No momento de seu envolvimento com o show, ela era a mais jovem e única produtora de drama da BBC, mas estava determinada a levar sua visão de Doctor Who para a tela…

Verity Lambert era uma das figuras mais influentes em Doctor Who, selecionando o elenco original e defendendo os Daleks, apesar de seu chefe, Sydney Newman, ter deixado claro que não queria “monstros com olhos estranhos!”. Ela entendeu intuitivamente o que faria a série ser bem sucedida – e sob sua orientação, o seriado se tornou uma instituição nacional.

Além de garantir que os Daleks chegassem à tela, ela foi responsável por escalar William Hartnell – o primeiro Doutor – além de outros talentos importantes, incluindo Jacqueline Hill, que interpretava Bárbara. Lambert também identificou as áreas do episódio piloto que precisavam de melhoria – de fato, sem Lambert, Doctor Who em 1963 seria muito diferente e talvez nem tivesse sobrevivido, ou de que forma seria.

Depois de deixar Doctor Who em 1965, ela passou a produzir alguns dos melhores programas do Reino Unido, que vão desde G.B.H de Alan Bleadale a Minder, Jonathan Creek, Widows and The Naked Civil Servant estrelado por John Hurt. Seus créditos cinematográficos incluem o premiado A Cry in the Dark e a comédia de John Cleese, Clockwise.

Lambert forneceu comentários para um número de primeiras aventuras de Doctor Who e sempre comentou com o carinho sobre seu tempo na série. Em 2002 foi premiada com um OBE por seus serviços de produção cinematográfica e televisiva e, mais tarde naquele ano, recebeu o Prêmio Alan Clarke do BAFTA pela Contribuição Excepcional à Televisão. Verity Lambert morreu em novembro de 2007 e o episódio seguinte de Doctor Who, Voyage of the Damned, incluiu uma dedicação a ela.

Em 2011 o Universo Who traduziu algumas entrevistas da produtora:

PUBLICADO: 24/11/2011


Conseguimos achar quatro entrevistas de Verity Lambert internet afora. Primeira produtora de Doctor Who e primeira mulher a ocupar tal cargo na BBC. Verity faleceu em 22 de Novembro de 2007.

A entrevista abaixo foi feita em 1964, com Verity e o editor de roteiros da série, Dennis Spooner para promover a volta dos Daleks, logo após a exibição do primeiro episódio de “The Dalek Invasion of Earth”, segunda aparição dos monstros na série. A segunda parte da entrevista, feita com Dennis Spooner, está disponível na página com suas entrevistas.

Logo após as 5h40 desta noite, uma semana de tensão quase insuportável chegará ao fim. Nessa hora, a série de aventura da BBC, Doctor Who, vai ao ar. E, como dez milhões de telespectadores podem lhe contar, os
temidos Daleks estão de volta e prestes a revelar seus planos. No final do episódio da semana passada, um único espécime da raça de seres radioativos, que aparentam ser saleiros do mal, surgiu do Tâmisa e agitou sua antena para a aterrorizada audiência. Em seguida começaram os créditos. Simultaneamente, um uivo angustiado tomou conta de todo o país e a central telefônica da BBC ficou congestionada com 400 ligações de
espectadores raivosos, protestando que a aparição dos Daleks foi curta demais: que as crianças, que tinham esperado meses por outra aparição dos monstros estavam chorando e se recusando a ir dormir. E não só crianças, já que a audiência massiva de Doctor Who inclui milhões de adultos.

A operação dos Daleks – eles foram expurgados há pouco tempo esse ano, mas voltaram graças à demanda do público – é conduzida por uma jovem extraordinariamente atraente, chamada Verity Lambert que, aos 28 anos, é, não só a mais nova, mas a única produtora de drama da BBC.

Ela chegou à Corporação via Roedean, a Universidade de Sorbonne e um período em Nova York, como assistente pessoal de David Susskind, produtor e comentarista que é uma das maiores figuras na televisão americana. Doctor Who foi sua primeira tarefa como produtora há um ano, e com essa prática, ela insistiu em um alto nível de profissionalismo na série.

“Eu tenho uma visão forte para o nível de inteligência em que nós devíamos estar nos focando,” ela disse vigorosamente. “Doctor Who’ vai ao ar em um horário onde há uma grande audiência infantil, mas a estória é mais destinada para a família inteira. E, de qualquer forma, as crianças de hoje são muito sofisticadas e não permito roteiros que pareçam subestimá-las.”

Nove bem-estabelecidos escritores já contribuíram com Doctor Who nos últimos doze meses e eles são intimamente informados sobre os requerimentos do Doctor e de sua inestimável máquina…

 

Aqui temos Verity Lambert falando à DWM em 1980 sobre seus primeiros dias em Doctor Who. Ela corrige alguns equívocos, e admite que não gostava muito de “An Unearthly Child”…

“Desde o começo, nos disseram que Doctor Who seria uma produção de um ano. Certamente, pela época em que o primeiro episódio fosse transmitido, tínhamos os scripts prontos para a temporada completa. A única coisa que não sabíamos era que haveria uma outra temporada depois daquela. Esse mito sobre a série ter sido criada para durar apenas seis semanas foi crescendo com os anos, provavelmente como resultado de rumores inventados. O formato de Doctor Who estava bem definido quando cheguei. Donald Wilson já havia o trabalho de escrever a primeira história para Anthony Coburn, justamente para firmar as diretrizes de como os personagens seriam construídos. O Doctor era pra ser irascível e imprevisível. O que ninguém queria era um convencional velho professor maluco, então foi ressaltado que para começar, ele deveria ter algo de anti-herói.

“Susan era sua companheira de viagens original, para misturar conhecimento e ingenuidade, embora foi Anthony Coburn quem a fez ser a neta do Doutor. Eu acho que Anthony Coburn não achou que seria muito apropriado um velho viajando em torno da galáxia com uma jovem de companion. Ian estava lá para ser a figura do herói e por ser fisicamente hábil, com Barbara a mão para resolver os problemas de origem humanos levantados pelo Doutor e Susan sendo algo especial.

“David Whitaker e Mervyn Pinfield foram absolutamente grandiosos no trabalho que fizeram em Doctor Who. Mervyn foi nomeado para ser nosso conselheiro técnico porque nem David ou eu éramos cientistas em nenhum nível. Nossa avaliação foi ‘usar a televisão’ – isto é, usar todos os recursos e progressos novos a fim de atingir um aspecto cientifico. Mervyn Pinfield surgiu com os gráficos de abertura sugerindo o uso de uma câmera apontando para baixo no próprio monitor.

“Nós estávamos todos nervosos fazendo nossos primeiros shows, simplesmente porque estávamos fazendo coisas que raramente tinham sido feitas antes, e certamente não pela BBC. David e eu confiamos excessivamente em Mervyn para dar uma olhada nas ideias das historias e no script e ver se poderiam ser feitos facilmente com nosso orçamento, ou sugerir meios para modifica-los para que pudessem ser feitos com truques de fotografia.

“Eu não me importei muito com a história do homem das cavernas como um todo, mas o final do episódio um é uma sequência absolutamente mágica. Não havia absolutamente nenhum diálogo durante esses últimos minutos, tudo foi feito visualmente e, eu acho, com grande imaginação, levando os quatro personagens centrais numa viagem através do tempo para aquele deserto e então, terminando com uma sombra caindo por cima da paisagem. Isso resume o quanto o novo ‘Doctor Who’ era visto como uma ideia.

“David escolheu Terry Nation sobre a força de outro trabalho de ficção cientifica que ele tinha feito para ITV,  ‘Journey Into the Unknown’. Inicialmente estávamos um pouco cautelosos de aceitar sua trama sobre os Deleks, por causa da idéia do ‘monstro com olhos de inseto’. Sydney Newman tinha traçado uma série que era parte história e parte educacional em relação a ciência; o objetivo sendo expor as crianças a história e ciência e esperançosamente interesá-las. Não senti que os Daleks mudaram do formato de Sydney Newman, principalmente como estavam numa ‘caixa’ de metal funcional.

“A crise chegou quando Donald Wilson viu os scripts para a primeira sequência dos Daleks. Tendo gasto tanto tempo defendendo Doctor Who, ele viu os Daleks apenas como ‘monstros dos olhos grandes’, o que ia contra o que ele sentia que devia ser o tema de uma história sobre ficção cientifica. Houve um forte desacordo entre eles, de fato chegou ao ponto de Donald Wilson nos dizer para não fazermos a série. O que salvou no final, foi puramente o fato de que não tínhamos nada para substituir no tempo proposto. Eram os Daleks ou nada. O que foi muito bom, embora, foi ter Donald Wilson vindo até mim depois dos Daleks terem ‘decolado’ e dizer ‘você obviamente entende esse programa melhor do que eu. Deixarei isso para você.’

“Dennis Spooner era conhecido normalmente por comédia, e a medida que nossos scripts começaram a chegar eu decidi que queria experimentar colocando comédia em Doctor Who. ‘The Romans’ talvez não funcionou muito bem, embora eu tenha gostado extremamente e sei que Bill Hartnell se sentiu muito mais confortável fazendo comédia do que toda aquelas coisas cientificas. “

 

Abaixo, uma pequena entrevista com Verity Lambert, exibida no ‘Nationwide’, como parte das celebrações do 20º aniversário da série em 1983.

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 Nesta entrevista de 2004 para a revista Dreamwatch, a primeira produtora do programa, Verity Lambert, fala como foi parar no que parecia uma ideia muito estranha – um estranho chegando à Terra em uma nave espacial que parecia uma cabine policial.

Verity Lambert – A Primeira Dama de Doctor Who

Para alguém tão ligada à programas de TV de sucesso, Verity Lambert tem uma confissão surpreendente. “Eu nunca quis trabalhar com televisão, mas parecia mais interessante que datilografar menus em Francês. Só estou supondo, porque eu nada sabia disso.”

O primeiro emprego de Lambert na TV foi na TV Granada, “meu pai conhecia alguém de lá. Era tudo novo e excitante, e comecei antes de ir ao ar. Foi o começo da ITV e rapidamente me interessei por isso.” Logo depois, ela começou a trabalhar na ABC Television (Australian Broadcast Company, não confundir com o canal americano), para o Chefe de Dramaturgia, Dennis Vance, e o seu então sucessor, um produtor canadense chamado Sudney Newman. Saiu da ABC em 1960 e foi para os EUA por um ano, antes de retornar para Inglaterra com esperança de se tornar diretora.

“Não poderia me prender à essa área. Dei-me um ano para ou sair do cargo de assistente de produção, ou sair de vez da televisão. Naquele ano, Sydney Newman foi para a BBC. Ele me ligou do nada e disse que havia uma nova série infantil e perguntou se eu queria conhecer o chefe do departamento, Donald Wilson.” A nova série era Doctor Who, e no verão de 1963, e ela estava em fluxo.

Professor distraído

“Deram-me um pedaço de papel dizendo que havia um homem que vinha não-sabe-se-de-onde, com uma espaçonave que ele não sabia como funcionava. Não tenho certeza se já era chamada de TARDIS. Ele a roubou? Ele estava fugindo? Era apenas um professor distraído? Como ele e essa nave acabaram juntos?”

“No início não havia uma neta. Ele chegava à Terra com essa coisa parecida com uma cabine de polícia e uma garota da escola entrava nela. Os professores foram procurá-la e todos eles acabavam partindo juntos.” Levaram mais cinco ou seis semanas até que Lambert assumisse o posto de produtora do programa. “Naquele tempo, você tinha que ser fiscalizada pelo MI5, ou era o que diziam. Ou simplesmente a BBC era incrivelmente lenta!”

Durante esse tempo a situação mudou. “Donald já tinha encomendado o primeiro arco da série à Anthony Coburn, e o maravilhoso David Whitaker foi nomeado meu editor de roteiro. Mevyn Pinfield, ,que era um pesquisador técnico dos bons, estava lá para me ajudar com os termos técnicos. Sydney me disse que Doctor Who iria levar a televisão ao seu limite. Tinha que ser ‘tecnologia de ponta’, seja lá o que isso queria dizer na época. Eu tinha essas duas pessoas que eu não sabia trabalhar, mas estava bem feliz e com sorte por tê-los”.

Histeria Pré-histórica

Mas Lambert não estava feliz com o primeiro arco de Doctor Who, “An Unearthly Child”.
“Anthony Coburn quis escrever sobre os homens das cavernas, que não são fáceis de retratar sem que todos caiam no chão de tanto rir. Foi um começo difícil. Ele bateu o pé e disse que Susan seria a neta do Doctor. Sydney não ficou feliz com isso, mas não havia nada a ser feito. Além disso, tínhamos problemas com o estúdio D em Lime Grove, que estava longe da tecnologia de ponta, não era sequer contemporâneo. Não havia suporte de luz, e tinha câmeras velhas onde a imagem ficava desfocada se você chegasse muito perto. Voltamos no tempo. Mas era apropriado, pois estávamos fazendo uma estória sobre homens pré-históricos!”

Como uma mulher de 27 anos, Lambert era uma esquisitice no time de produção da BBC. “Tinha um diretor chamado Rex Tucker, que era da ‘velha’ BBC, ele me dava tapinhas na cabeça e dizia, ‘Não se preocupe com nada, querida’. Não nos demos bem. Ele era educado comigo, mas eu sabia que ele não me aguentava, e o sentimento era mútuo. Ele pediu para sair do programa, e eu ganhei Waris Hussein, o que foi muita sorte. Ele era jovem, e no começo desconfiou um pouco de Doctor Who, mas rapidamente viu o potencial incrível que havia para um diretor. Não tínhamos o formato de nenhuma série da época. Sempre que mudávamos o arco, criávamos nossas próprias regras. Era muito criativo para os diretores; se quisessem ser criativos com £2,000 do orçamento semanal que tínhamos, eles tinham a oportunidade. Os figurinistas, também, eram muito criativos e inteligentes com o orçamento tão apertado. Marco Polo foi maravilhoso. É tão triste que acabou. O que conseguimos fazer dentro desse orçamento ridículo foi incrível”.

Elenco Rabugento

A decisão mais importante de Lambert como produtora foi a certeza de ter William Hartnell como Doctor. “Dois papéis em que o vi me fizeram pensar que ele poderia fazer isso. Um foi na série ‘The Army Game’, onde ele interpretou um sargento incrivelmente teimoso e irritante, e o outro foi no filme ‘This Sporting Life’, onde fez um caça-talentos, foi bem tocante, triste e vulnerável. Gostei um pouco do mau humor em Doctor Who. Aquilo de não ouvir as pessoas, e os colocar em situações complicadas justamente por isso e sempre achar que sabia mais. Mas quando ele era agradável, era um pouco tocante e chegava a ser vulnerável.”

As outras companions do Doctor de Hartnell lembram-se dele ser bem dificil de trabalhar, e Lambert admite que ele não era a pessoa mais fácil de se lidar. “Ele podia ser um velho rabugento, não há dúvida disso. Mas você sempre podia rir com ele. Ele tinha um tumor cerebral, foi a causa de sua morte, e acho que é possível que isso tenha começado a afetá-lo. Brigamos feio quando ele não conseguia decorar as falas e culpava a todos. Fui a um pub mais tarde e ele começou. Eu disse, ‘Bill, sinto muito. Você precisa decorar suas falas. Não é justo com os outros atores, e não os culpe quando o erro é seu.’ Ele estava furioso, mas no outro dia me mandou um buquê gigante com flores adoráveis.”

O nascimento dos Daleks

O arco após “An Unearthly Child” era simplesmente chamado “The Daleks”, uma palavra que rapidamente virou sinônimo do programa. Mas se o chefe de Lambert continuasse com seus planos, a estória nunca teria chegado às telas.

“Donald Wilson odiou a primeira estória dos Daleks. A BBC comprometeu-se com o programa por um ano. Mas ao mesmo tempo, havia vários cortes, e um sentimento de que não iríamos tão longe, principalmente depois do primeiro arco, que não foi ideal”.

“Depois disso, nós tivemos um problema, porque Marco Polo era o próximo arco histórico, mas John Lucarotti não tinha terminado de escrevê-lo.”

“O único arco que estava terminado era The Daleks, o qual David Whitaker tinha encomendado a Terry Nation. Achávamos ótimo, mas Donald nos chamou e disse que era absolutamente apelativo e que não iríamos fazê-lo. Dissemos que havia um problema, porque não tínhamos outro arco pronto, então ele disse para usá-lo, mas seria o fim de Doctor Who. Ele disse pro David escrever duas partes então poderia terminar depois de 13 episódios.”

“Ficamos boquiabertos, porque realmente pensávamos que The Daleks era um bom arco. E, quando o lançamos, foi um sucesso. Donald, para se desculpar, nos chamou e disse que sabiamos melhor sobre bons negócios do que ele e que não interferiria mais.”

Lutando com o orçamento

Mas não foi o fim dos problemas desse novo programa. Ao longo de seu tempo como produtora, Lambert batalhou com o estúdio e as restrições do orçamento, e, em certo ponto, teve que batalhar para não ser tirada do programa.

“Eu estava em Doctor Who já há uns três meses quando fui chamada ao escritório do Donald. Disseram-me que agora que já estava tudo certo e estava no ar, eu sairia e iria produzir uma serie que iria ao ar duas vezes na semana, sobre um conselho que estava sendo feito em Birmingham”.

“Eu disse que não sairia, e Donald disse, ‘Seu contrato é com a BBC, não com Doctor Who. Se dissermos para sair, você sairá.’”

“Doctor Who mal tinha ido ao ar, e eu não estava confiante em deixá-lo, então eu perguntei por que eles queriam que eu saísse. A resposta era que por não se casada, era mais fácil para eu ir e viver em Birmingham do que para qualquer um dos outros produtores!”

Lambert não foi para Birmingham, e continuou produzindo Doctor Who por 18 meses. Quando saiu, já supervisionara a primeira troca no elenco, já que Carole Ann Ford (Susan), William Russell (Ian) e Jacqueline Hill (Barbara) saíram, e Maureen O’Brien (Vicki) e Peter Purves (Steven) os substituíram.
“Eu me diverti, mas era a hora de fazer algo diferente,” diz Lambert.

“Eu preferia os episódios históricos, porque eles eram inteligentes e bem feitos. Também gostei bastante de alguns fantasiosos. Mas nem sempre funcionava, como os Zarbis em ‘The Web Planet’, mas sabia que fazíamos coisas na televisão que você não poderia fazer em qualquer outro lugar, e ninguém nos parou.”

Muito comercial

Depois que saiu de Doctor Who, Lambert ainda assistia a série que ajudou criar.

“Eu amei os Cybermen, e assisti um pouco do Jon Pertwee, mas ficou muito comercial para mim.”
“Assisti alguns do Tom Baker, porque para mim, obviamente depois de William Hartnell, ele foi o melhor. Ele tinha aquela imprevisibilidade e sensação de perigo. Eu acho que era algo da persona do ator, mas ficou muito bem no personagem.”

“Eu amo Peter Davison, como ator, e eu gostava dele como o urbano, jogador de críquete, mas, para mim, os mais velhos são melhores. Tom Baker era muito jovem, mas ele tinha uma velha alma. Ele deu-lhe o peso. Peter Davison e Colin Baker eram jovens, atraentes e encantadores.”

“Fiquei assustada, as coisas ficaram fora de controle. A coisa sobre Doctor Who é você tem que acreditar. Você tem que ser capaz de esquecer sua descrença, e com Sylvester McCoy, ele ficou tão paródico. Foi ridículo, acho que é a razão das pessoas terem parado de assistir.”

Lambert gostou da possibilidade de Bill Nighy como o Doctor na nova fase da série, e admira Russell T. Davies. “Ele é um escritor criativo, e muito bom. Ele nunca ligou para controvérsias, se for permitido, ele fará coisas interessantes.”

Ela assistirá a nova série? “Espero que sim”, ela riu. “Como não assistiria?”

Verity Lambert (1935 – 2007)

FONTE [1]

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