#GatissNoBrasil – Conhecendo Mycroft Holmes (e Professor Lazarus)

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Quando fiquei sabendo que Mark Gatiss viria ao Rio, fiquei bem animado. Quando descobri que eu poderia ir ao evento, não conseguia conter minha loucura! O carisma do personagem de Mycroft Holmes e a paixão de Gatiss por Doctor Who conquistam facilmente qualquer um que assista às duas séries. E fiquei completamente satisfeito ao perceber que o homem em si é exatamente o que se espera dele: carismático, simpático, atencioso e muito engraçado.

Ao chegar na Livraria Cultura por volta das 16h30 do dia 14, sexta-feira, minha primeira impressão foi “Meu Deeeus, que lugar enorme e maravilhoso, quero comprar tudo!”. Minha segunda impressão foi “Foco, não é pra isso que estou aqui.” Passando pela primeira ala da livraria, comecei a perceber os primeiros indícios de fãs: camisetas de Sherlock e Doctor Who estavam por todos os cantos. Vi um amontoamento maior em um canto, fui àquela direção e siiim, era a fila para o evento, gigantesca e subindo em espiral. Aproveitei os minutos antes da exibição de The Empty Hearse começar para fazer algumas perguntas aos fãs. Em um canto, a Editora Rocco estava promovendo uma ação em que você escrevia seu Doctor, episódio, companion ou citação favoritos e era fotografado segurando o papelzinho. Fiz uma pequena brincadeira com isso, com a permissão das moças que estavam organizando, que também deram risada (o vídeo com a cobertura completa será postado em alguns dias).

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Liberada a entrada, as pessoas começaram a entrar em pequenos grupos. Por estar como imprensa, entrei ao final e me assentei em um degrau do lado esquerdo das cadeiras. O episódio começou e, junto com ele, um festival incrível de gritos e empolgação das 200 pessoas que se encontravam no recinto. A cada personagem que era introduzido, citação famosa e momentos importantes, todos enlouqueciam. Como todos ali já haviam visto o episódio, ninguém se sentia atrapalhado por isso; o que todos queriam era celebrar sua paixão pela série. De repente, o episódio parou bruscamente. Murmúrios empolgados começaram a surgir sobre a possibilidade do Mark Gatiss já ter chegado, mas era apenas uma falha no PlayStation 3 que estava rodando o Blu-ray da série, surgindo um aviso de que o aparelho precisava atualizado e que isso poderia levar de 3 a 4 horas (!) Felizmente, o carregamento aconteceu de maneira rápida e a exibição prosseguiu sem mais problemas.

Logo após o fim do episódio, o Gatiss já desceu as escadas do lado direito, em meio a uma onde frenética de gritos e aplausos. Logo ao subir no palco, foi para uma das poltronas que estavam lá em cima, mas depois se sentou na beirada do palco. Começaram as perguntas, com a Clara da nossa equipe e a Yasmine do Whovians como mediadoras. Pouco tempo depois, algo irritante começou a acontecer; a cada resposta do Gatiss, era exibido um longo clipe de Sherlock, o que aconteceu umas três vezes até que o próprio homem disse “Acho que chega de clipes. Todo mundo aqui já viu isso. Levantem essa tela!”, sob aplausos generalizados.

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Alguns dos melhores momentos do bate-papo:

–  “Vocês gostaram dos meus sapatos?”, perguntou ele logo depois  de subir no palco, indicando suas sandálias de couro;

–  Ao perguntarem se ele já tinha experimentado caipirinha: “É horrível! Tem gosto de enxaguante bucal!”;

–  Sobre o trânsito do Rio de Janeiro, ele disse que havia ido de táxi e que “tinha 16 anos quando a corrida começou”;

–  Gatiss disse que a principal influência para desenvolver a relação entre Sherlock e Mycroft na série  foi “A Vida Íntima de Sherlock Holmes”, filme de 1970 dirigido por Billy Wilder;

–  Uma fã começou sua pergunta dizendo “Há um rumor na internet…”, no que foi interrompida pelo Mark: “Um rumor da internet? Então deve ser verdade!”;

–  Sobre o rumor da internet de que Tom Hiddleston participaria de Sherlock: “Eu adoraria, mas ele só faz filmes agora” (tom de ironia);

–  Quando questionado sobre a possibilidade de filmar Doctor Who na Ásia e na América do Sul, Mark respondeu que gostaria muito, mas é extremamente complicado em termos de orçamento e logística de filmagens. Como exemplo, citou The Crimson Horror, que foi filmado no norte da Inglaterra, o que já foi bem complicado para fazerem.

–  “Onde você gostaria de filmar Sherlock?” “Em algum lugar quente”.

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Após o bate-papo, os fãs passaram a ser retirados em grupos de 10 para receberem autógrafos. Apesar da correria necessária para que todos pudessem ser atendidos e para que o Mark saísse no horário, foi incrível poder trocar palavras com ele, mesmo que extremamente rápidas. Em momento algum ele deixou de mostrar empolgação por estar ali ou exibiu qualquer sinal de cansaço, mostrando ser um típico gentleman britânico. É incrível ver um ídolo de perto, mas é mais legal ainda quando ele é atencioso e amigável como Mark Gatiss. Espero que o sucesso desse evento faça com que a BBC traga mais artistas de Doctor Who e Sherlock para conversarmos, filmarmos e escrevermos sobre.

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