Segundo a EW, a exibição de “The Eleventh Hour” nos Estados Unidos pela BBC America garantiu 1.2 milhões de telespectadores, fazendo do episódio o programa mais assistido da história da emissora. O recorde anterior também pertencia a “Doctor Who”, quando “The End of Time: Part 2” foi ao ar dia 2 de janeiro de 2010, atraindo 1 milhão de pessoas.
Além da alegria pelo sucesso da série nos EUA, esperemos que todos esses recordes incentivem o “People+Arts” a finalmente exibir os especiais e a nova temporada para o público brasileiro.
Durante a turnê de divulgação americana da nova temporada, Matt Smith, Karen Gillian e Steven Moffat concederam a seguinte entrevista para o io9, respondendo, entre outras coisas, se o Doutor muda ao longo da temporada, qual era o vilão que os atores mais queriam enfrentar, e se Amy está ou nao apaixonada pelo Doutor.
[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=lN8dKSVPrkY]
Continua com a tradução…
Matt Smith
Como é interpretar um velho dentro de um corpo jovem?
Divertido, muito divertido – por que eu posso ser a pessoa mais inteligente, doida e velha do universo e ainda ter a minha cara. Então é legal.
Você mudou os seus maneirismos para o papel?
Eu acho que os seus maneirismos sempre mudam um pouquinho quando você interpreta qualquer papel, por que de alguma forma o seu corpo não é mais seu. Mas ao mesmo tempo, você incorpora bastante dos seus próprios maneirismos. Quer dizer, eu não sei. Não conscientemente.
Quanto o personagem do décimo primeiro Doutor mudou desde que você conseguiu o papel ?
Oh wow, acho que imensamente. Mesmo do episódio um ao treze. No treze eu sou um Doutor diferente, sabe? E eu vou melhorando, na minha opinião.
Você não se acha tão bom no começo ou o que?
Sabe, eu acho que o nosso primeiro passo foi sólido, mas que a gente melhora, melhora e melhora — e quando chega no 12 e 13, estamos pegando fogo.
No primeiro episódio você mostrou um equilíbrio entre o lado comediante e um pouco do defensor/protetor no final. É difícil equilibrar esses dois lados da personalidade do Doutor?
Não, eu acho que essa é uma das coisas ótimas e interessantes sobre o Doutor, sabe? Quando o mundo esta em colapso, ele pode fazer uma piada sobre o cabelo de alguém, sabe? Ele é doido desse jeito e é uma das melhores coisas de se interpretar. Mas eu acho que é isso que o mantém são sabe? Ele lidou com tanta tragédia que se ele não fizesse piadas e risse e tentasse fazer com que outras pessoas rissem, ele enlouqueceria um pouco, sabe?
Você pode nos dizer alguma coisa sobre como ele muda ao longo dos treze episódios?
Bom, é como qualquer coisa artística: quanto mais você faz alguma coisa, você vai melhorando, você fica mais confortável. E eu acho que essas coisas se aplicam a mim enquanto ator. Eu não sei. E eu não posso saber por que eu não analiso nesses termos. Eu espero que ele esteja mais seguro de si, eu acho.
O que é mais fácil interpretar, o comediante ou o defensor?
Nenhum dos dois é difícil ou fácil, sabe? Você está interpretando um personagem, um homem, você nunca o define nesses termos, sabe? Eu não penso nele assim.
Qual é o alien que você estava mais animado para enfrentar dentro do Who-verso?
Uau, essa é uma pergunta muito boa. Os Anjos Chorões, são provavelmente um dos meus favoritos. Mas, eu acho que o episódio seis, “Vampires In Venice” por que eram seis vampiras muito gostosas. Todo dia era uma alegria, por que tínhamos essas seis vampiras muito gostosas aparecendo para trabalhar.
Steven Moffat
Como você se sente agora como produtor executivo?
É muito animador. […] É um trabalho extremamente diferente, sabe? Eu adorava fazer os episódios ocasionais para o Russel, era um trabalho brilhante, por que você aparecia, cumprimentava todo mundo, fazia o episódio, o episódio ia bem e você ia fazer outra coisa. Brilhante, adorava aquilo. Mas como eu poderia recusar fazer isso aqui? É tão desafiador e imenso… E não há absolutamente nada que você não aprenda sobre fazer televisão nesse emprego.
Parece que quase nunca alguém more nos seus episódios, tem algum motivo para isso?
Não tem motivo. Foi uma grande coincidência que isso aconteceu tantas vezes. E eu estava tentando descobrir a primeira vez que o sangue esteve nas minhas mãos. E é no primeiro episódio, embora não apareça na tela. Alguém morre e as pessoas morrem nessa temporada. Não é uma estratégia – não dá para manter isso sempre, seria loucura. Eu fiquei um pouco impressionado quando percebi que tinha feito isso. E eu acho que tem outro episódio que eu fiz esse ano onde ninguém morre. Mas esse não é o plano. Talvez eu só não seja tão sombrio. Who precisa desse elemento, é uma série sombria!
Os últimos episódios e os especiais foram um pouco sérios. Como foi mudar o tom para um programa para a família toda?
Para ser honesto, isso é fácil. É só voltar para a sua forma natural. Eu amei os especiais, mas achei que talvez fizemos que algumas crianças saíssem da sala. Então é bom trazer de volta a diversão e a aventura. O Doutor nunca fica deprimido por muito tempo. A idéia de morte dele é ficar dez anos mais novo, com o queixo um pouco maior. Não é tão sombrio assim.
Karen Gillan
Você acha que a Amy está apaixonada pelo Doutor e por que?
Eu acho que a Amy tem um amor pelo Doutor. Eu acho que tem uma conexão muito profunda entre essas duas pessoas. Mas, romanticamente? Não.
Que tipo de relacionamento eles têm?
Um relacionamento muito turbulento, montanha russa […]. Eles enlouquecem um ao outro, e ainda sim se importam tanto um com o outro. E provavelmente eles só enlouquecem um ao outro por que se importam tanto. É nesse nível de carinho.
O papel de companion é muito difícil para as personagens, você acha que a Amy está preparada?
Para ir em todas as aventuras? A Amy já está preparada há muitos anos, como se descobre no primeiro episódio.
Qual é o alien que você estava mais animada para enfrentar dentro do Who-verso?
Os Anjos Chorões, sem dúvida, por que “Blink” é meu episódio favorito de “Doctor Who”, eles estão de volta! Estão de volta e ainda mais assustadores
Mais assustadores que em “Blink”?
Mais! mais assustadores. Eu não achei que isso era possível, mas estão um nível acima.
Publicações feitas por colaboradores que em algum momento fizeram parte da história deste site desde 2009, mas que não mais fazem parte do projeto.