REVIEW CLASSIC: Arco 012 – The Romans

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E chegamos agora ao primeiro arco histórico da temporada. O arco composto por 4 episódios ( The Slave Traders, All Roads Lead to Rome, Conspiracy e Inferno), sendo exibidos entre 16 de janeiro e 06 de fevereiro de 1965 e podemos dizer que marca a primeira mudança em Doctor WHO. Após passarmos pelo início da civilização humana em An Unearthly Child, pela região que hoje é conhecida como China em Marco Polo, pelo México durante o reino asteca (The Aztecs) e pela revolução francesa em The Reign of Terror, finalmente o Doutor e seus companheiros desembarcam na Era Romana. Tenho que confessar que os episódios históricos não me agradam muito, pois se já temos um ritmo diferenciado e mais lento nos arcos com pegada mais sci-fi, nos históricos onde em Classic Who se limitavam apenas na mediação e resolução de conflitos o ritmo caia ainda mais e pra mim fica mais difícil de prestar atenção. Entretanto, esse arco é talvez a minha única exceção em temas históricos. Em primeiro lugar, temos a verdadeira estreia de Vicki como companion e somos inundados com tanta fofura que exala da personagem, e também temos um toque de humor extra nesse arco, o que não era muito comum para a época.  Essa adição de humor é um marco na série que passa aos poucos a se tornar mais leve, sem perder o tom aventuresco característico do programa, porém deixamos de ter um primeiro Doutor tão sisudo a partir desse arco.

 

No último arco tivemos a introdução de Vicki, que foi convidada pelo próprio Doutor para integrar a “tripulação” da TARDIS e também para suprir o vazio deixado por Susan. A introdução de personagem para manter o lado jovial do programa foi acertada, e tenho para mim que conseguiu agradar tanto que gostava da Susan, quanto quem não suportava ela e seus gritinhos histéricos, encontrando em Vicki uma boa substituta para a neta do Doutor passar o bastão, que tinha como objetivo se relacionar com a audiência mais jovem do programa.

Logo no começo do episódio tivemos a tão recorrente separação dos personagens, que serviu muito bem para estabelecer uma ligação maior entre e estabelecer uma boa dinâmica entre a dupla. Já no início percebemos a pegada um pouco menos séria do arco, quando o Doutor é confundido com um recém assassinado tocador de Lira e é levado junto com Vicki para Roma. Enquanto isso, Ian e Barbara são feitos prisioneiros e vendidos como escravos, entretanto separadamente, onde Barbara é mandada para o corte do imperador e Ian para um senhor de escravos.

 

A atuação de Derek Francis como Imperador Nero é excelente, sabendo trazer um ar cômico ao personagem, as vezes até pastelão porém nada exagerado e me fez rir de verdade durante vários momentos do arco. A ambientação em Roma também é ótima, e na verdade vale um elogio a produção da série que para a época sempre soube retratar bem os períodos históricos com seus cenários e vestimentas sempre adequados. Outro ponto a destacar para o arco é que o mesmo tem um ritmo mais agradável ao paladar atual, sendo cômico onde tem que ser e mais ágil no desenvolvimento da história. E como não pode faltar nos arcos históricos, temos aquele personagem que se faz de bonzinho pro chefe local, mas na verdade quer dar o golpe vê no Doutor uma ameaça e tenta constantemente sabotá-lo. E como não se lembrar do Chapolin e a icônica cena da roupa que só os inteligentes podem ver, na hora da lira que só os inteligentes podem ouvir e ambas tem como base a história A Roupa Nova do Imperador.  Além disso, ao separar Ian do resto do grupo só enfatizou as qualidades do personagem, sempre se destacando como um líder corajoso e conseguiu lidar sozinho com a situação como escravo no navio. Definitivamente esse é um dos arcos mais divertidos do primeiro Doutor, e temos pela primeira vez se não me falha a memória o Doutor fazendo parte de um grande marco histórico.

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O grande incêndio de Roma aconteceu na noite de 18 de julho de 64 d.C e perdurou por seis dias seguidos até que conseguisse ser controlado, destruindo quase que em sua totalidade a antiga cidade de Roma. Existem diversas versões para as causas do incidente, e o programa se aproveitou belamente de uma delas que atribui a Nero a responsabilidade pelo incêndio com o objetivo de construir um palácio ainda maior. Dentro do Whoverso, sem querer (ou não) o primeiro Doutor é o responsável por fazer brotar em Nero a ideia de provocar um incêndio em Roma. Nessa época ainda não se havia tocado na questão de eventos que são pontos fixos do tempo (como o que acontece em Pompeia em New Who), mas claramente podemos perceber que tal fato é crucial no desenvolvimento da história da civilização humana e obviamente o Doutor não poderia intervir muito. Sendo assim, a tripulação consegue se reunir à tempo de fugir do eminente incêndio que destruiu Roma e parte para o espaço novamente.

 

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Peço desculpas à todos pelo atraso na review que estava programada para quinta-feira, mas por razões pessoais só saiu hoje. Quem quiser curtir o arco de novo ou pela primeira vez, dá uma conferida neste link aqui! Nos vemos na próxima semana!

 

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