O RETORNO À TV
Em 2003 a BBC anunciou que Doctor Who, fora do ar desde 1989, re-estrearia em 2005, com uma temporada de 13 episódios, produzida pela BBC de Gales e sob a tutela de Russell T. Davies. Christopher Eccleston foi escolhido para o papel principal da série, surpreendendo a todos devido ao seu perfil de ator mais sério. A escolha se prova acertada, sendo interessante notar como justamente por causa deste perfil mais sério, o ator se encaixa tão bem diante do pano de fundo da Guerra Temporal que é trazido.
Logo após sua estreia, ela perde seu primeiro protagonista: Eccleston anuncia sua saída em 31 de março de 2005, 5 dias após a exibição de Rose. Sua última aparição no papel e regeneração ocorre no último episódio da temporada. E assim, David Tennant inaugura seu 10º Doctor, tendo por seu primeiro episódio o especial de Natal do mesmo ano, The Christmas Invasion.
Em 2008, ao receber o NTA, o ator anunciou que deixaria o papel no fim do ano seguinte, após a exibição de 4 episódios especiais – não haveria temporada regular em 2009. Não muito depois, o próprio Russell T Davies afirma que deixará a chefia da série junto ao ator, após o especial duplo The End of Time.
Ainda neste ano quase “sabático”, descobrimos que Steven Moffat, responsável por alguns dos melhores episódios de Doctor Who até então, substituiria RTD, bem como, que seu primeiro Doutor seria interpretado pelo novato Matt Smith. Durante sua era, Moffat alterou a época de exibição da série, que desde 2005 estreava em meados do primeiro semestre do ano, chegando a dividir a temporada em dois blocos, levar a exibição para o segundo semestre do ano, e até mesmo limar episódios duplos, para então fazer uma temporada quase só com estes. Em 2013, em meio ao clima de comemoração dos 50 anos da série, o 11º Doctor anuncia sua partida da série para o especial de Natal daquele ano, exibido um mês após o episódio especial de 50 anos. Este episódio, exibido simultaneamente em cinemas ao redor do globo, foi o primeiro da série moderna a contar com a participação de mais de um Doutor.
Com a saída de Smith, é anunciada meses depois que Peter Capaldi assumirá as rédeas do papel. O seu 12º Doctor aparece antes mesmo de sua regeneração, já no especial de 50 anos. Seu primeiro episódio como protagonista da série é a estreia da 8ª Temporada, exibido em 2014. Em 2016, diante do anúncio da saída de Moffat após a 10ª Temporada, e a indefinição do futuro de Capaldi na série, mais um ano sabático, só um especial de Natal será exibido.
O novo chefe da série é Chris Chibnall, escritor veterano da série, que já foi o escritor-chefe de Torchwood, spin-off de Doctor Who. Ele assumirá o cargo em 2018, para uma 11ª Temporada na qual não sabemos ainda nem o Doutor, muito menos quem serão os companheiros.
Resumindo, se você vai começar a ver a série agora, pode começar a partir de dois pontos na série: Literalmente do começo, ou seja, 1ª temporada, que é o que eu recomendo, pois além de ter histórias fantásticas, toda a mitologia da série fica mais clara, ou a partir da 5ª Temporada, único ponto desde a 1ª temporada onde você não terá problemas com continuidade de histórias e personagens.
A última Guerra Temporal deixou sequelas emocionais no Doctor, que se culpava por ter destruído a os Daleks e a sua própria raça. As feridas dessa guerra fizeram com que o Doctor criasse uma nova admiração pelas maravilhas do universo e um desejo de mantê-lo seguro, demonstrando uma enorme compaixão por todas as espécies; além de uma certa curiosidade pela humanidade. A maioria de suas aventuras foram no Planeta Terra, em companhia de Rose Tyler, com quem criou uma forte conexão. Foi forçado a se regenerar após absorver toda a energia do vórtex do tempo para salvar sua companheira.
Extremamente sagaz, carismático e por certas vezes exagerado, era uma figura ainda abalada pela Time War. Quando impulsionado por raiva ou justiça, agia sem hesitação, fazendo tudo o que julgava necessário, de forma até inconsequente. Como apontou uma de suas companheiras, Donna Noble, ele precisava de alguém ao seu lado para que não se deixasse levar por esses impulsos. Sua relação com suas companheiras chegou a ter ápices românticos, exemplo de Rose Tyler, cuja perda causou-lhe dor o bastante para ignorar a veneração de Martha Jones por ele. Regenerou também para salvar outrem, logo após impedir os planos do Alto Conselho de Gallifrey de destruir o tempo.
Excêntrico, bem-humorado, otimista, entusiasmado e dono de um vestuário um tanto criativo e de muitas frases de efeito, o 11º Doctor exibe dois lados contrastantes de sua personalidade: muitas vezes, é bobo e engraçado, agindo como uma criança de quatro anos; e em outras, deixa transparecer toda a dor, raiva e sofrimento de seus 1200 anos de vida. É extremamente altruísta, e está sempre disposto a se sacrificar pelo bem do universo e de seus amigos, ficando enfurecido e desapontado quando falha em salvar alguém em perigo. Ele vive um intenso e confuso romance com a misteriosa River Song, com quem sempre se encontra fora de ordem. Teve 3 companheiros, mas sempre que preciso, era ajudado por outros tantos queridos amigos. Participou com o War Doctor e o 10º Doctor no desfecho da Time War, sendo esta a encarnação que consegue a redenção pelos feitos que encerraram a guerra. Passou os últimos 900 anos de sua vida lutando contra forças mortais para proteger o planeta Trenzalore, fazendo com que seu corpo envelhecesse e enfraquecesse. À beira de morrer de velhice, Clara (sua companion) convence os Senhores do Tempo a conceder-lhe um novo ciclo de regeneração, restaurando sua juventude por alguns minutos, mas que resulta em mais uma regeneração.
Situada entre a 8ª e a 9ª encarnações do Doutor, ele renega sua promessa como Doutor, pois não se considera um curador, mas sim um guerreiro. Nascido para lutar na Última Grande Guerra Temporal, dedicou toda sua vida a isso, mas, já velho e exausto do fardo que leva consigo, decide encerrá-la usando o Momento, arma de destruição em massa de Gallifrey que possui consciência. Ele encerra a guerra, não da forma que esperava ou de como se lembrará, mas tais ações levam a um efeito devastador nas próximas três encarnações, que negam sua existência. Esteve presente na queda de Arcadia, segunda maior cidade de Gallifrey.
12º Doctor: Surgiu após a regeneração do 11º Doctor em Trenzalore, sendo a “décima terceira regeneração”. É a primeira encarnação do segundo ciclo de regeneração, concedido pelos Senhores do Tempo. Clara Oswald continua sendo sua companion. Com uma personalidade mais sombria e uma atitude retraída, é manos amável e continuamente questiona sua própria bondade. Apesar de às vezes demonstrar bondade e humor, muitas vezes dispensa sutilezas em uma situação tensa, tornando-se frio e calculista em momentos críticos. Por causa de seu distanciamento das emoções, às vezes é visto como desagradável, temível, e impiedoso. Estas qualidades, muitas vezes assusta os que o conhecem, até mesmo sua companion. Tornou-se mais difícil de confiar, e reconheceu sua mudança de personalidade, sentindo-se irritado e temendo o que está se tornando.
Após 13 corpos masculinos e 14 regenerações, o Doutor finalmente regenera em um inédito corpo feminino, após uma difícil e complexa sequência de eventos temporais. A personalidade da 13ª Doutora, interpretada pela atriz Jodie Whittaker, ainda é um mistério, que será revelado na 11ª temporada, em 2018, ainda a ser transmitida, sob o comando do novo showrunner Chris Chibnall.