Por Time Lady
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Introdução de The Bells of St John na BBC One.
Novo episódio, nova resenha!
Sei que ando sumida, mas não poderia deixar de comentar o episódio de ontem, The Bells of Saint John.
Com referências cinematográficas, cenas dinâmicas e temas contemporâneos, Doctor Who se recicla e se “regenera” como o personagem que dá nome à série.
Contém spoilers!
Fico feliz que a abertura com aquelas nuvens finalmente foi substituída.
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Abertura de ‘The Bells of St John’
Adoro a nova abertura, me lembra um pouco às da série clássica, mas com algumas imagens mais contemporâneas, parecidas com células do corpo humano, sinapses e talvez fazendo um paralelo de como a informação é recebida no cérebro com a transferência de informação digital.
Achei genial porque tem a ver com o episódio, a transferência de almas através da rede sem fio.
Gostei muito do episódio, mas notei que algumas pessoas esperavam um pouco mais dele, talvez esperavam mais de Clara ou esperavam um “início de temporada” bombástico como Asylum of the Daleks.
Vale lembrar que, apesar de termos nova companion e nova TARDIS, não temos um início de temporada com The Bells of Saint John e desta vez o especial de Natal não foi mais um stand alone entre temporadas.
Ao invés disso, The Snowmen serviu para trazer de volta a Grande Inteligência que retorna, (a meu ver) mais aterrorizante e abrangente.
O fato de a temporada ter sido dividida em duas partes e ainda termos tido um especial de Natal que “liga” essas duas partes gerou uma certa confusão.
Vi sites enumerando este episódio como 7×6, excluindo o especial, outros como 7×7 (contando o especial) e outros chamando a primeira parte da temporada de 7A e a segunda de 7B.
Independente disto, o fato é que eu achei muito inteligente o gancho que o especial de Natal fez e acredito que isto tenha sido essencial para que, mesmo em duas partes, haja uma sensação de continuidade daquilo que vimos nos episódios passados.
Só consegui entender o motivo do título do episódio quando a câmera foca no detalhe da TARDIS, gosto dessas sutilezas =).
Só acho que o motivo pelo qual este episódio incomoda um pouco são as referências logo no início.
O homem no início do episódio preso na TV, que nos remete à Blink, as vozes perguntando “where am I”, como Clara fez em Asylum of the Daleks, me fizeram até pensar no inicio se teríamos Daleks neste episódio e a pergunta que se repete episódio sim e no outro também: (rs) Doctor Who?
Além de todas estas referências, Moffat também se baseou em James Bond para criar a personagem Miss Kizlet, que ficou muito parecida (até fisicamente) com a personagem M.
Miss Kizlet ficou bem mais perversa que M, mas gostei do resultado.
Para Kizlet todos são meros fantoches, manipulados através de Wi-Fi.
Também temos uma breve referência à Matrix, quando Kizlet fala através da apresentadora de TV e vemos aqueles caracteres descendo pela tela.
Acredito que as únicas referências que não devem gerar muitas reclamações foram sobre Amy Pond e o livro Summer Falls e quando Clara comenta que o 11º é o melhor.
Gosto muito de como Matt Smith interpreta o Doctor, ele consegue facilmente interagir com o público infantil, como uma criança grande, mas sem parecer bobo.
Quando ele chega na casa onde Clara está, batendo enlouquecidamente na porta, quando ele procura outra roupa para vestir, qual criança nunca agiu assim?
A “versão” de Clara que vemos neste episódio, acredito que seja anterior à que vemos em Asylum e mais próxima à de The Snowmen, mas como ainda não temos muita informação sobre de onde ela vem e porque ela tem aparecido (e morrido) em épocas diferentes, não temos como saber em qual ponto da linha do tempo a personagem está.
A meu ver, The Bells of Saint John é quando finalmente somos apresentados à Clara como companion e a partir daí poderemos ver a evolução do personagem.
Ao contrário de alguns comentários que li por aí, eu não me decepcionei com ela.
Clara tem tudo para se tornar tão querida quanto Donna Noble, é carismática, inteligente, consegue seguir a linha de raciocínio rápida do Doctor e acredito que ela fará com que ele mude de ideia sobre se manter longe das pessoas que ama =).
Também não gosto de fazer paralelos entre Clara e River Song, não acredito que a estória delas será parecida e quero continuar pensando assim pois espero ser surpreendida positivamente ao final da 7ª temporada!
Prefiro pensar em Clara como uma personagem única e gosto da teimosia dela, ao insistir com o Doctor que é capaz de resolver o mistério por trás do roubo da alma das pessoas e fico feliz que ela seja dinâmica e curiosa.
O episódio foi dinâmico e as cenas externas foram muito bem feitas, gostei do pretexto para tirar o Doctor da TARDIS um pouco, apesar de sabermos que ele não costuma poupá-la em batalhas como ele diz, mas as cenas externas deram um ar contemporâneo que a meu ver caiu muito bem.
Por fim, a moto não é tão comum como parece e nos leva à uma cena à la James Bond, mas sem desprezar a essência da série, gostei de ver como o Doctor burla a segurança do The Shard para colocar um ponto final na trama.
Minha impressão do episódio foi positiva, apesar de muitas referências, achei sagaz que a Grande Inteligência tenha evoluído e aderido a uma outra forma de chegar às pessoas.
Espero não estar com muitas espectativas com relação à Clara, mas espero me surpreender com ela e gostar tanto dela como gosto de Donna Noble, Amy Pond e Sarah Jane Smith =).
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