REVIEW: Doctor Who S10E10 – The Eaters Of Light

Uma desacelerada necessária antes do fim?

BBCA_DW_1010

“The Eaters Of Light” é um episódio que vem como um quebra molas para a temporada que, próxima ao seu fim, entrega um episódio de ritmo lento e que pode não agradar a todos. Um episódio mais lento não é sinônimo de qualidade inferior, porém nesse caso podemos ver claramente que o ritmo lento prejudicou um pouco a imersão no episódio e nas questões apresentadas por ele, mas não é uma perda de tempo total.

Como há muito não viamos no show, temos um episódio sobre um evento histórico que supostamente teve influência do Doutor para sua condução e/ou preencher uma lacuna de algum evento. Dessa vez temos o sumiço da Nona Legião, que foi o ponto de partida para o episódio visto que Bill e Doctor discordavam sobre o possível destino da Legião. e obviamente porque não usar a TARDIS para provar quem estava certo?

O episódio separa Bill do Doutor e Nardole. Enquanto ela finalmente acha a Nona Legião, o Doutor se depara com os nativos de Abeerden que aparentemente foram os responsáveis por dizimarem os soldados romanos. O interessante dessa divisão é que podemos contemplar a Bill, mais uma vez, como uma personagem única e muito atenta ao que acontece ao seu redor. Ao se deparar com um romano, ela consegue deduzir que a TARDIS tem um sistema de tradução que consegue fazer com que ambos se entendam. É maravilhoso demais ver como a Bill se desenvolveu e se tornou uma companion marcante em apenas 10 episódios, e é muito triste considerar a hipótese de que essa seja apenas a única temporada. Queremos mais de Bill, precisamos mais de Bill, mesmo que isso entre naquele pensamento conflitante de que todo novo showrunner precisa começar do Zero em Doctor Who, começar a sua própria era.

O Doutor fica com a outra parte da história ao encontrar com os escoceses e então descobrirem que foram eles sim, em especial sua lider Kar, que liberou um monstro comedor de Luz para que derrotasse o exército romano. A grande questão era que esse monstro havia saido do controle e ameaçava destruir não só o exército Romano. A grande questão foi a união dos dois grupos por uma causa em comum e que, graças ao sistema de tradução da TARDIS e ao Doutor, a barreira da lingua foi quebrada e num exemplo de Torre de Babel reverso, conseguiram se unir. Em ambos os lados viamos jovens pressionados pela guerra/invasão e forçados a lutar por sua própria sobrevivencia e quando isso se torna um fator comum a ambos, fica fácil para eles, em união, decidirem entrar no portal e impedir que os comedores de luzes retornem para esse mundo. Bill mais uma vez dá um show, impedindo que o Doutor se arrisque dizendo que aquele não era o momento dele ser corajoso e que o mundo, universo precisa dele, forçando-o a deixar que os Romanos e Picts salvem o dia.

A parte mais importante do episódio é com certeza a aparição de Missy que demonstra mais uma vez um arrependimento de todas as suas ações, o que leva o Doutor a questionar se não está na hora de voltarem a serem amigos. O ápice dessa relação com certeza será trabalhado no finale e finalmente teremos a resposta se as lágrimas de Missy são de crocodilo ou não.

O episódio foi simples e talvez valesse mais tê-lo posto no começo da temporada e não as portas do finale. Não foi terrivel, mas com certeza não é um episódio que iremos lembrar dessa temporada. Mas, semana que vem os Cyberman de Mondas e John Simm estarão de volta, então guardem seus fôlegos porque esse finale promete.

Nos acompanhe e curta nosso conteúdo!