‘Dark Water’ é um episódio forte. Há conceitos perturbadores sobre amor e morte enterrados na história, e, às vezes, algumas pontas soltas são amarradas brutalmente. O episódio reúne o Doutor com um antigo camarada (ou dois) e separa Clara de seu amado.
É, mais um vez, um história em que o relacionamento entre Doutor e Clara é levado aos limites. É também neste episódio que uma amizade antiga do Doutor retorna para revirar sua vida.
Aqui estão alguns detalhes para ficar de olha na próxima vez que for assistir:
Esta não é a primeira vez que uma companion pede para o Doutor voltar no tempo e ressuscitar alguém que tenha morrido. Não apenas Rose Tyler deu um jeito de prevenir a morte do seu pai em ‘Father’s Day’, mas quando Adric – companion do quinto Doutor – morreu no finalzinho de ‘Earthshock’, o Doutor teve que explicar pacientemente para Tegan a impossibilidade de mudar eventos fixos no tempo: “Há algumas regras que não podem ser quebradas, nem com a TARDIS. Nunca mais me pergunte isso.”
Missy está usando o Matrix, ou Matrix Data Slice, que é um supercomputador dos Senhores do Tempo que apareceu pela primeira vez na era do quarto Doutor, nas histórias ‘The Deadly Assassin‘ e ‘The Ultimate Foe‘, e, em ambas histórias, foi o Mestre que o controlou.
Para manter a identidade da Missy em segredo, particularmente quando filmaram as cenas na Catedral de St. Paul em frente um multidão de fãs no centro de Londres, Peter Capaldi e Michelle Gomez apenas mexeram as bocas, com o áudio adicionado depois no estúdio. A diretora Rachel Talalay contou ao Den of Geek que: “quando nós filmamos do lado de fora de duas locações gigantescas, tínhamos vários segredos para guardar. Divulgamos roteiros falsos. Passamos informações falsas para a equipe. Quando os atores finalmente foram filmar a cena, eles falaram em silêncio e adicionamos o áudio depois.”
Depois que o episódio foi exibido, Moffat revelou, em um evento da Royal Televison Society, que ele tinha uma revelação bombástica para deixar os fãs surpresos. Quando Missy revelou sua identidade, ela disse: “Você sabe quem eu sou. Eu sou a Missy. Ou, se você prefere, Random Access Neural Integrator. Rani, para abreviar.” Rani foi uma Senhora do Tempo que enfrentou o sexto e sétimo Doutores. Moffat usou essa fala para enganar os telespectadores, antes de Missy revelar ao final do episódio que era a nova regeneração do Mestre.
Missy fala sobre os corpos nos tanques, usando “Humanos, tragam seus mortos!”, uma frase comum nas ruas de Londres, mas não na Londres moderna. Durante o violento ataque da Grande Praga, em 1665, homens conhecidos como “procuradores” andavam pelas ruas pedindo pelos corpos, que eram coletados e levados para uma cremação comunitária.
O motivo pelo qual os Cybermen são vistos descendo os degraus da Catedral de St. Paul é uma homenagem direta à foto de uma aventura do segundo Doutor, ‘The Invasion’, enquanto a cena em que eles estão saindo dos tanques é uma referência à ‘The Tomb of The Cybermen’.
Quando o Doutor tenta dispersar as pessoas ao redor da catedral, Missy diz: “Me desculpem. Outro escocês rabugento na rua. Eu não fazia ideia de que era dia de jogo”, em uma referência à reputação dos fãs de futebol escoceses e sua estupidez. É o tipo de piada que só poderia ser feita por um escritor escocês e interpretada por uma atriz escocesa atuando com um escocês.
Os post-its no apartamento da Clara tem notas referentes à aventuras passadas com o Doutor, incluindo The Paternoster Gang, ‘The Impossible Girl‘, ‘The Orient Express’ e “Dinosaur in London”. Há ainda um ingresso de Hyperscape Body Swap, que foi usado pelo décimo primeiro Doutor e por Clara para entrar no Royal Albert Hall, como parte do concerto Doctor Who at the Proms, de 2013.
O penúltimo episódio de cada temporada sob o comando de Steven Moffat (menos a 9ª) traz a presença dos Cybermen: ‘The Pandorica Opens’, ‘Closing Time’, ‘Nightmare in Silver’, ‘Dark Water’– ainda com ‘World Enough And Time’ na décima temporada.
Os fãs de comédia britânica tiveram uma palinha do que Michelle Gomes (Missy) é capaz de fazer . Ela é conhecida por interpretar uma funcionária excêntrica na comédia surreal Green Wing, onde tortura os médicos com sei jeitinho meigo.
Fonte: Anglophenia