A estrela de Heartstopper fala sobre seu retorno como Elle Argent no sucesso da Netflix, sua entrada no universo de Doctor Who e a importância da representação transgênero na mídia.
De: Samuel Maude
Traduzido por: Gustavo França
(Vocês podem conferir a matéria original em sua totalidade na revista Elle. Para mantermos o foco, estamos traduzindo apenas as partes da entrevista que são relacionadas a Doctor Who.)
Mudando um pouco de assunto para Doctor Who: você contracenou com David Tennant e Catherine Tate, dois ícones desta série. Como foi filmar com eles?
Eu não fiz escola de teatro, então estou aprendendo no trabalho. Entrei no set e meio que sentei: só queria ver como todos eles fazem. Foi incrível assistir a eles no set. David Tennant e Catherine Tate são dois atores incríveis. Eu cresci assistindo Doctor Who, assistindo David Tennant e Catherine Tate. Essa foi a minha era em 2003. É uma loucura estar em um programa que tem muita história comigo. É realmente, de verdade mesmo, fabuloso.
Em Heartstopper, você tem um grupo de amigos incrível e Elle é uma jovem trans tentando navegar pelo mundo ao seu redor; e, daí, em Doctor Who somos apresentados a uma família incrível, da qual não vou falar muito, mas que está lutando contra alienígenas – o que é completamente diferente. Rose [personagem de Finney], é muito segura de si e muito confiante. Ambas as personagens tinham uma conexão comigo. Uma recorre à família e a outra à amizade, e acho que ambas andam de mãos dadas. A única diferença é que um delas é de ficção científica, Doctor Who, e a outra é Heartstopper.
O nome Rose é um nome muito importante no universo de Doctor Who. Rose Tyler, interpretada por Billie Piper, foi a primeira companion quando a série voltou com o Nono Doutor. O que significa levar esse nome com você nesta temporada, mesmo que você não esteja interpretando a mesma personagem?
Nossa. Obviamente tem muita história, não é? Para interpretar uma personagem com tanta história, mesmo que seja apenas com o peso do nome, existe instantaneamente aquela pressão que eu não tive com Elle. Foi uma experiência alucinante quando fui escalada. Eu nem consigo relembrar tudo o que aconteceu, porque eu estava tão nervosa com tudo o que estava acontecendo. A princípio, a série tinha um codinome, e só depois descobri qual era a série e pensei: “Ai meu Deus, acabei de ser escalada para Doctor Who”. É uma personagem trans também, e é muito gratificante poder interpretar uma personagem tão monumental como Rose.
O que os fãs podem esperar para esta próxima temporada de Doctor Who?
Muitas aventuras assustadoras. Acho que quando você pensa em Doctor Who, você pensa no episódio mais assustador, o dos Weeping Angels. É o episódio mais assustador da história e o mais popular. Acho que, nesta temporada, fiquei com medo quando vi algumas das coisas que vão aparecer. É um arrepio na espinha. Mas não posso te contar muito. O que posso dizer é que vai ser cheio de sustos, cheio de risadas, cheio de tudo isso. Atuar com Ncuti Gatwa é incrível porque nós dois somos muito jovens também, e é muito bom ter essa dinâmica. Ele está literalmente fazendo história, e estou muito feliz por fazer parte do mundo dele.
Imagem de capa: RAFAEL MARTINEZ/NETFLIX
Traduzido de: Elle Magazine.
