REVIEW CLÁSSICA: Arco 010 – The Dalek Invasion Of Earth

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Após os eventos narrados em Planet Of Giants, a TARDIS e sua tripulação aterrisam em uma Londres em ruínas e descobrem que se encontram em um futuro depois do ano de 2164. Como nada é tão simples em Doctor Who e para forçar nossos viajantes a permanecerem naquele tempo,  um ligeiro tremor bloqueia a entrada da TARDIS com escombros. Esse é o início de um dos arcos mais importantes da era do primeiro Doutor. É a primeira vez que vemos a despedida de uma companion, sendo esta a neta do Doutor. Uma separação importante para o Doutor, visto que a “jovem” escapou com ele de Galiifrey  (na época obviamente não tinhamos informações tão apuradas assim sobre o planeta local deles) e passou um bom tempo na Terra com seu avô. Apesar de nós da audiência termos diversas ressalvas com a neta do Doutor, ela era um elo importante para a audiência daquela época, aproximando o programa das crianças e jovens que assistiam Doctor Who em um programa protagonizado por adultos. Não obstante, temos uma despedida bastante emocional o que não era muito comum nos primeiros anos da série que já chegou até mesmo a sumir com companions dentro de um episódio explicando sua saída com uma linha de dialogo dos novos companions. Todos nós sabemos que a produção de Doctor Who sempre teve muitos problemas de bastidores na época da série clássica, então a saída de diversos companions se deu por esses problemas internos.

O retorno dos queridinhos Daleks foi uma aposta muito acertada para a nova temporada do programa.  Obviamente, o elemento suspense se manteve até o começo do segundo episódio do arco onde finalmente sabemos quem está por trás da ruína de Londres. Na primeira temporada tivemos a sensação de viagem no tempo e espaço sim, a TARDIS hora os levava para o futuro, hora para o passado, para locais mais distante possíveis (Oi Skaro!?), porém nesse arco começamos a plantar a semente do wibbly wobbly timey wimey em trazer a invasão dos Daleks como um evento anterior a destruição dos Daleks em The Mutants. O arco é marcado por bastante reviravoltas e separações do grupo principal e todos tem seus momentos de destaque, em especial Barbara que como sempre se mostra uma mulher corajosa e inteligente, ao enganar os Daleks com uma história de uma falsa revolução. Nesse arco, temos pela primeira vez a aparição do Black Dalek como o Dalek Supremo e que está a frente do plano de destruir o núcleo da Terra para poderem pilotar o planeta pelo espaço. Meio “What The Fuck!?”, mas é Doctor Who e os Daleks nem sempre tem lá os objetivos mais inteligentes. Mas mesmo assim, esse é um dos melhores arcos da era do primeiro Doutor. Com um ritmo bom para um arco de seis episódios, o arco é competente em manter a nossa atenção presa e não aparenta ser arrastado como outros arcos com boas premissas e que contam, porém, com um desenvolvimento lento e as vezes desinteressante.

O arco desenvolve bem essa invasão dos Daleks na Terra, e consegue mostrar de forma satisfatória um grupo de resistentes (ou rebeldes) que estão fazendo de tudo para parar com o domínio Dalek sob a Terra, já que além de tudo eles estão capturando rebeldes e os transformando eles em Robomen para patrulhar as minas, onde os prisioneiros trabalham no auxílio da escavação para o a inserção das bombas no centro da Terra. Outro que se destaca bastante no arco é o Ian, se colocando a frente de várias situações para salvar seus companheiros e o Doutor. Ele é quase que o responsável por obliterar o plano dos Daleks numa resolução um pouco duvidosa (e “galhofosa”) para quem está impedindo uma bomba de explodir o centro da Terra, mas a gente se releva né. Conforme os arcos vão passando, vamos notando cada vez mais um envolvimento maior dos companions nas ações em detrimento do envolvimento do Doutor, que por conta da idade “avançada” e de sua doença era impedido de realizar cenas com maiores exigencias físicas. Os Daleks saem dessa primeira invasão à Terra derrotados, porém todos nós sabemos que eles não desistirão de tentar dominar o lugar favorito do Doutor.

Porém, o grande momento do episódio é a despedida de Susan, um momento com uma dose certa de emoção e de grande importância para a série, que antes mesmo de estabelecer a troca de atores da série principal nos mostra que os companheiros do Doutor não serão sempre os mesmos e que irão mudar.  A saída da jovem é tratada com delicadeza, sendo plantada ao longo dos episódios por meio de seu interesse por David, um dos rapazes do grupo de rebeldes. O Doutor em gesto bem altruista, porém duvidoso, engana a jovem e deixando-a na Terra, porém antes de partir a décima primeira encarnação incopora em nosso primeiro Doutor e ele dircusa lindamente para sua neta antes de partir com a TARDIS. Daí pra frente pouco se sabe, por meios televisionados vale ressaltar, qual rumo Susan e David tomaram. Susan volta a aparecer no especial de 20 anos da série, porém nenhuma menção ao seu passado com David é feito. Em 1993, Susan também apareceu no pequeno especial Dimensions In Time em comeração aos 30 anos da série.

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O bom é que essa despedida abre espaço para a melhor companion do primeiro Doctor, Vicki, e já a partir do próximo arco já podemos desfrutar de sua fofura que aumenta a cada arco. Mas a estreia dessa companion eu deixo para a Denise comentar na próxima semana com o arco “The Rescue“.

 

Se ainda não viu, você pode baixar o arco com legendas em português aqui

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