REVIEW 12×06 – Praxeus

Depois do bombástico episódio 5, temos em “12×06 – Praxeus” aquela aventura filler típica de Doctor Who, com aventura, emoção, ameaça global, tristeza, mortes, alienígenas, traição e BRASIL-IL-IL-IL.

River Song passou aqui para dizer: SPOILERS. Leia daqui para frente por sua conta em risco, docinho!

Neste review, vamos falar sobre:

  • Brasil em Doctor Who;
  • A vlogueira sobrevivente;
  • O astronauta e o policial;
  • Um episódio sobre o amor;
  • A cientista alienígena;
  • Praxeus, a bactéria do plástico;
  • Farpas entre Yaz e Doutora?!

Se mais delongas, vamos mergulhar até o fundo do Oceano Índico neste review de Praxeus!

 

Brasil-il-il-il!

A aventura ainda não foi em solo brasileiro, mas tivemos duas grandes importantes referências ao país do futebol.

Literalmente, tivemos a camiseta da Seleção Brasileira de Futebol, com “Brasil” escrito com destaque. A camisa foi vestida pela personagem Gabriela Camara (Joana Borja). Apesar de a atriz ser nascida em Portugal, tudo indica que a personagem seja brasileira.

Com ela, estava a amiga Jamila Velez interpretada pela atriz super brasileiríssima, paulista nata, Gabriela Toloi. É a primeira pessoa brasileira a fazer parte do elenco de Doctor Who em toda história.

Infelizmente, Jamila morre no episódio, vítima da bactéria alienígena Praxeus. Não vamos mais ver Jamila na série, mas, como se trata de Doctor Who, podemos futuramente voltar a ver Gabriela Toloi em outras personagens. Já a sobrevivente Gabriela Camara pode ainda reaparecer também e, quem sabe, saberemos mais sobre a história e os dramas pessoais dela.

Outro ponto bacana é o uso eventual de palavras em Língua Portuguesa, ditos por Camara. Em diferentes momentos, ela fala:

“Obrigada”

“Ambulância”

“Melhor Amiga”

“Calma, tudo bem”.

Ok… é quase nada, mas já é muita coisa se compararmos com tudo o que já foi referenciado à nossa cultura nos último 56 anos da série televisiva.

O Brasil tem ganhado destaque frente à produtora de Doctor Who, BBC, nos últimos anos, e torcemos para que nossa audiência ganhe cada vez mais relevância, quem sabe até ao ponto de, um dia, termos aventuras em solo realmente brasileiro e até companions brazucas, do passado ou do futuro… que tal?

 

Gabriela Camara, a vlogueira

Subcelebridade da internet, Gabriela é uma jovem viajante que filma suas viagens e posta nas mídias sociais. É a tal vlogueira (do inglês vlogger ou video-logger). Ela possui um canal de vídeos chamado “Two Girls Roaming” (algo como “Duas Garotas Perambulando”), que produz com Jamila, sendo amigas já há cinco anos.

Em Praxeus, ela começa sua viagem em Peru, para mostrar à amiga Jamila o que era para ser um dos rios mais bonitos do mundo, que havia visitado três anos antes.

Gabriela também tem uma personalidade forte, desconfiada, questionadora e sonhadora. Em vários momentos, ela exibe seu desejo de ser reconhecida pelo que faz, e acaba se frustrando quando não tem o feedback da fama desejada.

De início, achei um pouco arrogante, mas depois percebi que se tratava apenas de uma adolescente querendo colher seus frutos, querendo fazer a diferença, estando disposta para o que der e vier. Ela se joga na estrada, mundo a fora, se joga nos perigos alienígenas, nas aventuras com Yasmin “Yaz” Khan (Mandip Gill) e até na lua de mel de amigos recém-conhecidos.

Aventureira, Gabriela sofre com a perda de Jamila, flerta com Ryan Synclair (Tosin Cole) e rapidamente faz amizade com a Doutora (Jodie Whittaker), se encanta com a TARDIS e não hesita em se colocar à disposição para ser útil em solucionar os mistérios e enfrentar os desafios.

Por isso, espero ver muito mais de Gabriela Camara em Doctor Who, e acho que ela tem um perfil mais do que suficiente para se tornar companion da Doutora.

Ah, e Gabriela ronca sempre…

 

Adam & Jake, o astronauta e o policial

Um inusitado casal de “casados/divorciados” é o plot emocional de Praxeus, que perde em sensibilizar do ponto de vista ecológico, mas ganha pontos na área de conexão afetiva.

Recapitulando o drama

Jake Willis (Warren Brown) é um policial de férias em ano sabático que está sem saber o que fazer da própria vida. Seu marido, o astronauta Adam Lang (Matthew McNulty), está trabalhando na Estação Espacial Internacional (EEI), enquanto o casal “dá um tempo”.

Para quem não pegou a explicação, Jake e Adam são casados, e Jake deveria ter ido se despedir de Adam antes de este ir para o espaço. Por se achar inferior a Adam, Jake decide evitar o encontro, alegando que, para isso, teria que viajar para outro país e não gostava da ideia.

Esse “descaso” fez com que Adam entendesse que ambos estivessem se separando, mas Jake ainda manteve o status de casados. Eles não se falaram durante todos os meses que Adam esteve na EEI. Porém, quando a aeronave de Adam caiu, fazendo com que o Reino Unido o considerasse morto, Adam conseguiu mandar para Jake uma mensagem com sua localização, em Hong Kong (China).

Jake ainda leva alguns meses até conseguir chegar a Hong Kong, em busca de seu companheiro. Mesmo após resgatá-lo de sequestradores alienígenas, Jake ainda enfrenta as consequências de seu “abandono matrimonial”.

Enquanto a morte misteriosa de Jamila foi o ponto de partida para a aventura do episódio, a desconexão entre Adam & Jack foi o ponto de partida emocional da trama.

Um episódio sobre Amor

A Doutora começa e termina o episódio falando sobre a espécie humana, 7 bilhões de indivíduos separados e, ao mesmo tempo, conectados, do fundo do oceno até o limite da atmosfera. Porém, ela não estava falando de conexão de internet, nem sistemas políticos, nada disso.

Nas duas vezes em que a Doutora faz esse comentário off-screen, estamos vendo Adam e Jack, seja Adam caindo do espaço logo antes de vermos Jake na lojinha perseguido um ladrãozinho, seja no final quando eles saem juntos em lua de mel. A conexão de que a Doutora falava era a do amor.

Mesmo separados, um na Terra e outro no céu, e até “divorciados”, eles ainda estavam conectados pelo amor que sentiam um pelo outro. Da mesma forma, todas as outras 7 bilhões de pessoas no planeta estão da mesma forma, muitas conectadas pelo amor e outras totalmente separadas umas das outras.

Por isso, para mim, Praxeus não é um episódio sobre ecologia, mas sim sobre o amor. O amor que conecta as pessoas, que salva as pessoas, que se sacrifica por pessoas e que nos ensina a viver melhor.

 

Suki Cheng, a cientista alienígena

Nem todo fim justificam os meios, especialmente quando os meios são o fim de uma espécie inteira – no caso, a nossa! Foi por isso que a cientista Suki Cheng (Molly Harris) teve que pagar um alto preço para aprender. Infelizmente, um aprendizado que chegou tarde demais.

Suki (se é que esse era o nome verdadeiro da personagem) era uma alienígena humanoide, com o exterior idêntico ao de uma humana. Porém, por dentro, Suki tem uma biologia diferente, enquanto sua espécie permanece desconhecida para nós.

Disfarçada de estudante pesquisadora, Suki é o tipo de personagem friamente focada em seu objetivo maior. Para isso, ela não demonstra nem um pingo de ressentimento diante das mortes que presencia. Suki não tem compaixão nenhuma pelos habitantes da Terra, nenhum ser vivo.

Vale lembrar que Suki também presenciou primeiramente a provável extinção da própria espécie, em seu planeta de origem. Suki deve ter sofrido muito por ver, um a um, todos seus colegas, familiares, amigos e conhecidos morrerem em decorrência dessa bactéria. Sendo uma cientista, Suki em algum momento deve ter arrogado para si a tarefa de salvá-los, custasse o que fosse. Infelizmente, sua tripulação também perece um por um.

Para ela, colocar uma outra espécie inteira sob risco de extinção para poder salvar seu povo não é um dilema moral difícil de resolver. Principalmente, porque ela credita à espécie humana a culpa por um planeta tão poluído por plástico. Dessa forma, ela tem um laboratório perfeito e cobaias alienígenas (do ponto de vista dela) que não são tão “inocentes” assim.

Nessa prepotência, Suki cegou-se para o óbvio: era outra espécie. Por mais que, por fora, ambas pareçam idênticas, a espécie humana tem um metabolismo muito mais rápido para lidar com a bactéria Praxeus. Por isso, o antídoto funcionou relativamente rápido em Adam, mas não foi o suficiente para salvar Suki (mesmo ela tendo aplicado o dobro da dose em si mesma). A bactéria foi mais rápida que o antídoto, e a jovem é desintegrada em desespero.

 

Praxeus, a bactéria que tem crush em plástico

O radical derivado de “práxis” sugere o significado de ação ou prática, enquanto “us” (do inglês) sugere uma ação possivelmente verbal sobre nós (pronome oblíquo da primeira pessoa do plural). Dessa forma, temos em “praxe-us” um nome que sugere “agir em nós” ou “praticar em nós”. E são exatamente esses dois significados que acontecem neste 6º episódio da 12ª temporada de Doctor Who.

A bactéria alienígena Praxeus é um patógeno, ou seja, um microorganismo transmissor de doenças, que infecta os seres vivos por meio da contaminação por plástico. Isso causa uma infecção que o sistema imunológico humano ainda não sabe sozinho como contra-atacar. Além disso, a tripulação comandada por Suki usa os humanos como cobaias vivas para encontrar uma cura, ou seja, ela testa Praxeus em nós.

Plástico é praxe

Além disso, o nome ainda sugere algo que é “de praxe” na Terra, ou seja, algo que “é comum”, que é feito normalmente, rotineiro, etc.:

A poluição por microplástico na natureza é uma praxe humana desde a descoberta química do plástico, no século XIX. A conveniência da moldabilidade e resistência desses polímeros sintéticos é tão grande que nossa espécie silenciosamente convencionou estar OK com a contrapartida natural de seu ciclo: micropoeira de plástico contaminando oceanos e toda geografia terrestre.

Figuradamente, “varremos a poeira para baixo do tapete” por séculos. Literalmente, descartamos nos oceanos 8 milhões de toneladas de plástico por ano. No entanto, não estamos falando apenas de peças de plástico que poderiam ser recolhidas com uma luva e uma sacolinha, mas sim de micropoeira de plástico, só possível de identificar por microscópios. A grande parte dessa poluição vai parar na água e leva em média 200 anos para se decompor. Resultado: todo o plástico que o ser humano já criou desde meados de 1800 para cá ainda existe nos nossos oceanos.

O ciclo natural da água é muitíssimo mais curto que isso, e é dele que dependemos para ter água potável em casa. Apesar de alguns fungos ajudarem a decompor o plástico parcialmente, ainda não conseguimos criar uma tecnologia que decomponha o plástico totalmente. A água que bebemos em casa, seja ela tratada por grandes empresas de saneamento ou pelo filtro de barro da sua avó, está contaminada por microplástico.

O microplástico não se dissolve na água, e nosso corpo (que é composto majoritariamente por água) não consegue se livrar dele com facilidade. Dessa forma, estamos todos já intoxicados desde bebezinhos no útero.

E pior: os microplásticos no oceano ainda atraem para si outros metais pesados que também despejamos por lá, tais como resíduos de pesticidas e outros poluentes orgânicos persistentes. Isso mesmo, aquela sprayzada que você dá na barata vai parar no mar, grudar nos microplásticos, voltar para sua torneira e entrar pelo seu gogó, pois não existe tratamento nenhum eficaz contra esse poluente.

Agora imagine isso em grande escala com todos os pesticidas que são jogados debalde em lavouras por todo o mundo, integrando frutas, verduras, etc. Graças aos microplásticos, tudo isso volta para nosso corpitcho.

Resumo para whovians: já somos basicamente Autons.

Os giros nos oceanos

Voltando para a ficção, a bactéria Praxeus age como essas toxinas que “grudam” no plástico. Uma vez neles, elas começam a se proliferar e criar suas bases. Foi assim que, no episódio, elas conseguiram montar uma construção inteira em um submarino no fundo do Oceano Índico. Para isso, elas usaram como sustentação todo o plástico e microplástico no chamado “Giro Oceânico” que estava bem acima do submarino.

Em oceanografia, os Giros Oceânicos nada mais são do que um sistema marítimo circular, isto é, correntes marinhas que rotacionam em torno delas mesmas ao longo de milhões de quilômetros, incentivadas pelo movimento natural dos ventos.

A Doutora estava certa em dizer que há cinco grandes Giros Oceânicos no planeta Terra – todos eles hoje são lixões marítimos, porque as correntezas acabam concentrando a poluição nesses núcleos. Diferentemente do que foi mostrado em Praxeus, o tamanho desses giros é dezenas de vezes maior, considerando toda a poluição, até mesmo aquela invisível a olho nu ou a vista por satélites.

O chamado ecológico (aka “Orphan 55 feelings”)

Muitos debates de fãs colocaram o episódio “Praxeus” em pé de igualdade com “Orphan 55”, o 3º episódio desta mesma temporada, principalmente pelo caráter ecológico da trama, e ambos fillers.

Na minha opinião, apesar da semelhança, de a ameaça se originar no comportamento poluente da sociedade humana, ambos episódios tiveram focos diferentes de sustentação e de resolução.

Em “Orphan 55”, tínhamos o mistério total do episódio e os conflitos dramáticos focados apenas na natureza dos Dregs, com aquele encerramento vergonhoso de discurso pedagógico.

No entanto, em “Praxeus”, temos uma ameaça externa, em que o problema só acontece por uma influência extraterrestre (em “Orphan 55”, o problema era a consequência intríseca de autodestruição humana). Além disso, no episódio 6, o foco dramático sai da bactéria e foca nas relações e conexões humanas – algo que “Orphan 55” pecou desgraçadamente.

Por isso, o efeito emocional, dramático, de “Prexeus”, se mostra mais eficaz em fazer com que nos importemos com o tema por meio das personagens, de modo que resume-se a um episódio que fala mais sobre conexões humanas do que sobre poluição.

 

O que está havendo com Yaz?

Desde antes de a 12ª temporada começar, Chibnall já havia sinalizado que teríamos um “segredo” da companion Yaz a ser revelado. Esse segredo teria a ver com os motivos que fizeram com que ela tivesse embarcado nessa aventura com a Doutora desde o início.

Ao longo da temporada, Yaz tem sido a companion que mais tem agido diferente do habitual do trio. Graham e Ryan basicamente estão se divertindo juntos na maior parte das aventuras, sem nenhum drama pessoal em desenvolvimento. Exceto por Yaz…

Desde “Spyfall (Parte 1)”, Yaz tem se mostrado mais questionadora em relação a si, tentando buscar entender a própria essência, o próprio potencial. Em vários reviews desta temporada, sinalizei aqui os momentos em que ela demonstra estar com o raciocínio lógico muito mais afiado do que na 11ª temporada. Lá, ela começou a se destacar em “It Takes You Away”, quando chegou sozinha à possibilidade de “reverter a polaridade”.

Agora, na 12ª, Yaz tem explorado essa potência lógica com mais frequência. Em Praxeus, a vemos lidando com os alienígenas de máscara de um jeito muito semelhante com o que a Doutora costuma fazer. Blefando, pensando rápido, agindo mais rapido ainda e, principalmente, deduzindo e percebendo a partir dos elementos que estão ao seu dispor. Inclusive, esta foi a lição que ela demonstrou ter dominado desde “Spyfall (Parte 2)”.

Doutora e Yaz estavam no mesmo ambiente, em Hong Kong, mas foi Yaz quem mais descobriu sobre os planos dos vilões naquele cenário. Deduziu a triangulação dos sinais, as possíveis experiências com Adam no laboratório e, sobretudo, hesitou e arriscou utilizar o teletransporte para um lugar completamente novo – e fez isso ciente dos possíveis riscos. Indo além, Yaz ainda conseguiu fazer de Gabriela Camara uma “companion“.

Vemos então que Yaz está se aproximando de uma personalidade semelhante à da Doutora, e isso é um padrão que acontece eventualmente aos companions dos Doutores passados. Rose, ao enfrentar o Culto de Skaro, também simulou a personalidade do 10º Doutor, no season finale da 2ª temporada. Clara Oswald também incorporou a personalidade do12º Doutor no season finale da 8ª temporada. E agora, prestes a chegarmos ao final da 12ª temporada, temos Yaz seguindo esse padrão.

Porém, obviamente, ela ainda não é páreo para se comparar à Doutora, mas a própria autonomia está causando um certo clima entre as duas.

Troca de farpas?

Em “Praxeus”, o primeiro sinal de que há uma quebra de padrão na relação de Yaz com a Doutora, é no momento em que Yaz se recusa a deixar o laboratório de Hong Kong.

Com um sonora “Não” e uma interrupção na caminhada, Yaz deliberadamente se posiciona contra uma ordem da Doutora, de entrar na TARDIS. Yaz explica seus motivos, e mesmo a Doutora se sentindo contrariada, ela hesita e permite. Até mesmo Gabriela, que deveria estar no ápice de sua empolgação com viajar na TARDIS, prefere descer e seguir a aventura com Yaz.

Os caminhos de Yaz e Doutora se separam em missões diferentes, mas, desta vez, é diferente da primeira separação. Geralmente, quando Yasmin é delegada para fazer algo, é por causa de algum plano da Doutora. Exemplo disso é a separação das equipes ao redor do mundo. Ryan para o Peru, Doutora para Madagascar e Yas e Graham para Hong Kong. Só que agora é iniciativa de Yaz separar-se do grupo, e isso impactou a Doutora.

Após todas as reviravoltas do episódio, as duas se reencontram, e o diálogo entre elas é cheio de ironias uma para a outra. Alguns podem entender isso como uma provocação saudável entre amigas, mas para mim soou como uma sutil competitividade.

“Obrigada por vir nos buscar… alguma hora.”

“Olha só você, saindo por conta própria e não sendo morta!”

E mais! Super encontrei uma colônia alienígena.”

“Mais ou menos. É uma construção alienígenas, mas não uma colônia.”

Yaz queria mostrar seu valor, suas descobertas, suas conquistas próprias, mas a Doutora rebateu todos os argumentos sempre de uma forma que colocava Yaz para baixo, ao invés de incentivá-la ou parabenizá-la pelos avanços pessoais na investigação.

Isso mexe com Yazmin. A frustração dela é percebida até por Ryan, quando ele pergunta o motivo de ela estar com um olhar estranho. Ela é sincera ao dizer que pensou ter descoberto um planeta alienígena “por conta própria“.

Esse “por conta própria” (do inglês, “on my own“) é ótimo para a integridade da personagem, de acordo com sua primeira proposta de embarcar na aventura com a Doutora lá na 11ª temporada. Yaz estava cansada de fazer coisas pequenas como policial em treinamento, ela queria mais.

Yaz demonstrou essa personalidade ambiciosa – não no sentido negativo, mas no de querer algo ainda maior para si. Ela passou quase duas temporadas aprendendo com a Doutora, e agora ela quer mostrar que não é apenas um boneco figurante na história, como têm sido Graham e Ryan na maior parte das vezes.

No próximo episódio, “Can You Hear Me?”, teremos Yaz sendo confrontada com seus piores pesadelos. Esperamos ter mais pistas sobre o segredo de Yaz e para onde ela está indo…

 

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Allons-y!

 

Texto: Djonatha Geremias (Universo Who)

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